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Brasil pode aumentar exportações do agronegócio com corredor bioceânico

Agronegócio Agricultura Grãos Trigo

 

As exportações brasileiras de produtos como celulose, soja, proteína animal, entre outros, deverão atingir novo patamar ao passo que o País avance com o Corredor Rodoviário Bioceânico.

O projeto de integração física, que conectará Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, com os portos do Norte do Chile, foi analisado também sob a ótica do potencial de seus mercados: asiáticos e sul-americanos.

Planejada em 2015, a rota é o único projeto de infraestrutura que envolve mais do que dois países em execução na América do Sul. om previsão de conclusão para 2023, a obra de infraestrutura deverá facilitar a expansão do intercâmbio comercial com o Oeste.

A análise do tema é detalhada no livro “Corredor Bioceânico de Mato Grosso do Sul ao Pacífico: produção e comércio na rota de integração sul-americana”, que foi lançado nesta semana, em coedição entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

“O desafio que cada um dos nossos estados tem em sua inserção internacional é parte da agenda do Ipea e esse projeto marca muito claramente esta perspectiva”, afirmou o diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, Ivan Oliveira.

O diretor explica que o estudo teve como foco reconhecer características específicas sul-mato-grossenses e que iniciativas semelhantes deverão ser desenvolvidas pelo instituto.

Potencial econômico

Celulose-Papel
O Brasil responde hoje por mais 46% das exportações globais de celulose de eucaliptos.

No caso específico da celulose, o corredor, de acordo com o estudo publicado, poderia ampliar ainda o mercado já consolidado.

O Brasil responde hoje por mais 46% das exportações globais de celulose de eucaliptos e o Mato Grosso do Sul é responsável por 25,9% desse total. Em 2019, a celulose representou quase 40% das exportações totais do estado.

A estimava da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) é que a economia permitida pelo Corredor Bioceânico, ao substituir o comércio do Mato Grosso do Sul via portos brasileiros do Atlântico e Canal do Panamá pelos portos do Norte do Chile, poderia chegar a US$ 70 milhões anuais no caso das vendas de celulose para a região Ásia-Pacífico.

Maior fornecedor de carne bovina do mundo e com cerca de um terço do rebanho nacional concentrado na região Centro-Oeste, o Brasil é também o quarto maior produtor global de frango e principal exportador mundial de pedaços e miudezas comestíveis, movimentando neste último mercado aproximadamente US$ 4,3 bilhões.

No cenário mundial, destacado no estudo, em 2019, somente a China importou do mundo mais de US$ 930 milhões de carne de frango e o mercado brasileiro abasteceu 80% deste valor, essencialmente com porções de tulipas e pés de galinha.

Considerando o mercado, o Mato Grosso do Sul, também em 2019, exportou US$ 210,7 milhões, que foram destinados sobretudo à Ásia e ao Oriente Médio.

Com informações do Ipea

 

 

 

 

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